janeiro 01, 2008

A propósito,


Eu entrei aqui hoje e achei que estava no lugar errado até reconhecer meu próprio blog, vestido de nova cor... caiu-lhe muito bem, aliás! É bom entrar o ano de roupa nova, dizem. Estou nessa, agora, até virtualmente. Vocês entraram no clima do réveillon? Eu tinha recém começado a me animar e a pensar a respeito. Não que eu tivesse planos incríveis para noite de ontem, mas não sei de vocês, eu não sou daquelas pessoas que têm pavor das festas de fim de ano, não. Eu sempre gostei, principalmente da virada. A falta do que fazer foi mera casualidade, e me incomodou muito menos do que eu esperava. Acho que a coisa toda esta na companhia e no sentimento que se quer partilhar.
Acredito muito nessa coisa de energia positiva e casa da minha vovó ontem parecia o lugar mais polarizado do mundo. Bebi champgne rose, valsei e fiz pedidos a meia-noite. Só não comi amendoins, por causa das espinhas que eu não tenho e nem quero. Acabei percebendo uma coisa aparentemente óbvia, mas que com tantas apretrechos de fim de ano, passa discreto e fininho. Aparecendo somente às pessoas mais sensíveis: No Natal a gente ganha presente; na virada a gente ganha futuro! Tem aquela coisa meio ilusória de virar a vida de cabeça para baixo, chutar um balde ou outro, arrumar de vez o que nunca esteve lá muito certo. Gosto dessa promessa, ainda que fique só na intenção. Não me incomodo com as fantasias que não se concretizam nunca; para falar a verdade, acho mesmo que são elas as mais interessantes.


'O concreto deixa de ser infinito no momento em que vira fato, não? Que graça? '


'Eu gosto de ter um pezinho sempre no infinito, no ilimitado, no - por que não? - inatingível. É por isso que eu não me incomodo com a inquietude da possibilidade, com a insensatez da ilusão, com o não cumprimento de alguma coisa que parecia fadada ao êxito. Melhor estar sempre em aberto. Em 2008 eu quero abrir exceções, fazer concessões, criar possibilidades. Posso sair da rotina, experimentar novas sensações, selecionar hábitos inusitados e incorporá-los. Incorporar hábitos é preciso. Vou abrir algumas lacunas e deixar ventilando, sem me preocupar em tapar furos, cobrir frestas, definir, socar, sufocar, resolver. Um pouco de ar, em 2008, não fará mal a ninguém. '


E esse desejo por si só, já faz com que aproveite como se deve os festejos do céu.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olha só, qual tem a maior chance de acontecer: a coisa q vc pensou, desejou e planejou para o ano q inicia ou aquilo q vc nunca lembrou q desejaria?

Essas promessas de ano novo servem pra gente lembrar do que quer e, assim, ano por ano a gente vai chegando mais perto dele a medida q reafirmamos noso objetivo.

E espaços vazios são absolutamente necessários.
Onde guardaremos as boas surpresas?!?


divirta-se nos proximos 364 dias
e qdo esse prazo estourar, eu redesejo.